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PRAGMÁTICA E HABILIDADES COMUNICATIVAS
De acordo com ASHA (1993), a linguagem é um dos processos mais importantes do desenvolvimento humano, pois é composta de símbolos convencionais, regras e por elementos interdependentes (morfossintático, pragmático, semântico e fonético-fonológico), o que permite a combinação diversificada dos elementos linguísticos, possibilitando a comunicação de ideias, desejos e necessidades de maneiras variadas.
Para que o indivíduo se relacione com a sociedade, é muito importante que aconteça o desenvolvimento da linguagem de uma maneira típica para que a criança consiga maior flexibilidade comunicativa, sendo a comunicação oral o meio mais aceito socialmente (CARNEIRO, 2005; LEITE, 2008).
O indivíduo relata experiências, ideias, conhecimentos e sentimentos ao outro por meio da comunicação. A capacidade do ser humano em usar e interpretar o significado social das variedades linguísticas em qualquer circunstância é chamada de competência comunicativa (NICOLOSI; HARRYMAN; KRESHECK; 1996; PILLEUX, 2001).
Muñoz-Yunta et al (2006) relatam que a pragmática é o ramo da Linguística que estuda a relação entre o significado social da linguagem e o conteúdo semântico, verificando o seu uso efetivo e os propósitos funcionais da comunicação.
Durante a década de 1970, o estudo desta área incorporou-se aos estudos da linguagem, dando o foco à relação da comunicação no contexto que ela se encontra, o que não acontecia antes disto, quando a linguagem era vista como algo compartimentado. Essa mudança de pensamento em torno da linguagem veio modificar a avaliação da linguagem da criança, pois o interesse passou a ser pelas habilidades comunicativas de forma geral, demonstrando que cada ato comunicativo
realiza uma mudança de significado em função do contexto em que eram produzidos (ACOSTA et al., 2003).
Portanto, a pragmática é o estudo do conjunto de regras que explicam ou regulam o uso intencional da linguagem, não se limitando aos estudos dos usos e funções linguísticas, mas também estudando os aspectos formais que definem os ajustes e variações necessárias para a adaptação ao contexto de comunicação
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(ACOSTA, 2007; LOPES-HERRERA, 2009). Refere-se ao modo como a linguagem é usada para a comunicação, e não à forma como ela é estruturada. Sendo assim, a linguagem é estudada sob a perspectiva da utilização em contextos sociais, situacionais e comunicativos (SOARES; PEREIRA; SAMPAIO, 2009).
Estudos sobre pragmática visam o discurso conversacional e como os participantes, em uma conversa, processam informações verbais e não-verbais com objetivo de atingirem a comunicação efetiva (BEFI-LOPES; CATTONI; ALMEIDA, 2000).
As habilidades comunicativas permitem o uso da linguagem em uma situação interacional. As funções da linguagem podem ser descritas em termos linguísticos, de maneira sintática, como por meio de parâmetros mais sociais, que envolvem a interação e regulação entre interlocutores. Sendo assim, a pragmática tem como função mediar objetivos sociais ou pessoais através do tipo de mensagens que um indivíduo utiliza para se fazer entender (LAHEY, 1988; ACOSTA et al., 2003).
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